Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

A Doença do Refluxo Gastroesofágico ocorre quando o ácido do estômago retorna ao esôfago, causando azia, dor e outros sintomas desconfortáveis. Compreender suas causas, sintomas e as melhores formas de diagnóstico e tratamento é essencial para melhorar a qualidade de vida. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição digestiva crônica em que o conteúdo ácido do estômago retorna ao esôfago, causando irritação. 

É uma das doenças gastrointestinais mais comuns, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Sintomas como azia e regurgitação ácida podem impactar significativamente a qualidade de vida. 

Neste artigo, abordaremos o que é a DRGE, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento. Leia até o final e saiba mais!

Quais são as causas da DRGE?

A DRGE ocorre devido à disfunção do esfíncter esofágico inferior (EEI), que deveria atuar como uma válvula para impedir o refluxo do conteúdo gástrico. Essa condição pode ser agravada por diversos fatores, incluindo:

  • Obesidade: A pressão abdominal elevada favorece o refluxo.
  • Hérnia de hiato: Essa alteração anatômica facilita o retorno do ácido ao esôfago.
  • Alimentação inadequada: Consumo excessivo de alimentos gordurosos, cafeína, álcool ou refeições volumosas.
  • Tabagismo: O cigarro reduz a eficácia do EEI.
  • Uso de certos medicamentos: Como relaxantes musculares ou anti-inflamatórios.

Embora qualquer pessoa possa desenvolver DRGE, indivíduos com maus hábitos alimentares ou condições predisponentes possuem maior risco. 

A identificação precoce dos fatores contribuintes é essencial para o manejo adequado da doença.

Quais são os sintomas da DRGE?

A DRGE apresenta uma ampla variedade de sintomas, tanto digestivos quanto extra-digestivos, que podem variar em intensidade:

  • Azia: Sensação de queimação que se inicia no estômago e pode atingir o peito.
  • Regurgitação ácida: Retorno do conteúdo gástrico à boca, causando gosto amargo.
  • Dor torácica: Pode ser confundida com problemas cardíacos.
  • Dificuldade para engolir (disfagia): Indicativo de lesões no esôfago.
  • Tosse crônica e rouquidão: Sintomas relacionados à irritação das vias aéreas.

Em casos mais graves, a DRGE pode levar a complicações, como esofagite erosiva e esôfago de Barrett, condições que aumentam o risco de câncer esofágico. Por isso, atenção aos sintomas persistentes é fundamental.

Como é feito o diagnóstico da DRGE?

O diagnóstico da DRGE baseia-se na avaliação clínica e em exames complementares para confirmar a condição e descartar complicações:

  • Histórico clínico: Identificação de sintomas clássicos, como azia e regurgitação.
  • Endoscopia digestiva alta: Avalia a presença de lesões no esôfago, como esofagite.
  • PHmetria esofágica: Mede o nível de acidez no esôfago ao longo de 24 horas.
  • Manometria esofágica: Verifica a funcionalidade do esfíncter esofágico inferior.
  • Teste terapêutico com inibidores da bomba de prótons (IBPs): Utilizado para observar a resposta ao tratamento e reforçar o diagnóstico.

A escolha dos exames varia conforme a gravidade dos sintomas e a necessidade de uma avaliação mais detalhada.

Como é feito o tratamento da DRGE?

O tratamento da DRGE visa reduzir os sintomas, evitar complicações e melhorar a qualidade de vida. Ele pode incluir:

  • Mudanças no estilo de vida:
    • Manter peso saudável.
    • Evitar alimentos gatilhos, como frituras e cafeína.
    • Não deitar após as refeições.
  • Medicações:
    • Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Reduzem a produção de ácido gástrico.
    • Antiácidos: Neutralizam o ácido, proporcionando alívio rápido.
    • Procinéticos: Melhoram o esvaziamento gástrico.
    • Entre outros disponíveis.
  • Cirurgia: Indicada em casos graves ou refratários ao tratamento medicamentoso, como a fundoplicatura.

Assim, é possível concluir que a DRGE é uma condição comum que pode afetar a qualidade de vida se não tratada adequadamente. 

Mudanças no estilo de vida e o acompanhamento médico são essenciais para controlar os sintomas e prevenir complicações, como lesões no esôfago.

Dr. Gabriel Souza
CRM-SP: 162803
RQE: 70.434 - Clínica Médica
Médico formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em Clínica Médica pela mesma insituição.
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