Dislipidemia

A dislipidemia é uma condição caracterizada por níveis alterados de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue, aumentando o risco de doenças cardiovasculares graves, como infarto e AVC. Identificar as causas e sintomas precocemente é essencial para prevenir complicações e garantir um tratamento eficaz. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

A dislipidemia é uma condição caracterizada por níveis anormais de lipídios no sangue, incluindo colesterol e triglicerídeos, sendo um fator de risco importante para doenças cardiovasculares. 

Afeta uma parcela significativa da população, especialmente indivíduos com maus hábitos alimentares, sedentarismo ou predisposição genética. 

Detectar e tratar a dislipidemia precocemente pode reduzir complicações graves, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral). 

Neste artigo, abordaremos o que é, quais as causas, os sintomas, e como é realizado o diagnóstico e o tratamento desta condição clínica. Leia até o final e saiba mais!

Quais as causas da dislipidemia?

A dislipidemia pode ser causada por fatores genéticos, ambientais ou uma combinação de ambos.

  • Fatores genéticos:
    • Dislipidemia familiar: mutações genéticas que alteram o metabolismo do colesterol.
    • Condições hereditárias, como hipercolesterolemia familiar.
  • Fatores ambientais:
    • Dieta inadequada: Consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans.
    • Sedentarismo: Contribui para o acúmulo de gorduras no organismo.
    • Obesidade: Frequentemente associada a alterações nos níveis lipídicos.
  • Condições associadas:
    • Hipotireoidismo, que pode levar ao aumento de LDL (colesterol ruim).
    • Doenças hepáticas e renais, que afetam o metabolismo dos lipídios.
    • Diabetes mellitus, que eleva os níveis de triglicerídeos.

Essas causas destacam a importância de hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular para prevenir ou controlar a dislipidemia.

Quais os sintomas da dislipidemia?

A dislipidemia é, em sua maioria, assintomática, sendo detectada apenas em exames de sangue. No entanto, em casos graves ou prolongados, pode apresentar:

  • Xantomas: Depósitos de gordura na pele, geralmente em articulações ou tendões.
  • Xantelasma: Placas amareladas ao redor dos olhos, causadas pelo acúmulo de colesterol.
  • Complicações cardiovasculares: Infarto do miocárdio e AVC podem ser os primeiros sinais de alerta, causados pelo endurecimento e obstrução das artérias.

Como a ausência de sintomas é comum, é crucial realizar exames preventivos, especialmente em pessoas com fatores de risco.

Como é feito o diagnóstico da dislipidemia?

O diagnóstico da dislipidemia é realizado por meio de avaliações clínicas e laboratoriais.

  1. Histórico médico e exame físico:
    • Investigação de histórico familiar de doenças cardiovasculares e dislipidemias hereditárias.
    • Observação de sinais como xantomas e xantelasmas.
  2. Exames laboratoriais:
    • Perfil lipídico completo:
      • LDL (colesterol ruim): ideal abaixo de 100 mg/dL.
      • HDL (colesterol bom): ideal acima de 40 mg/dL.
      • Triglicerídeos: ideal abaixo de 150 mg/dL.
      • Colesterol total: ideal abaixo de 200 mg/dL.
    • Exames complementares podem ser solicitados para avaliar a presença de outras condições associadas, como diabetes mellitus.
  3. Rastreamento regular:
    • Recomenda-se exames de rotina a partir da idade adulta, especialmente em indivíduos com fatores de risco.

O diagnóstico precoce é essencial para prevenir complicações cardiovasculares graves.

Como é feito o tratamento da dislipidemia?

O tratamento da dislipidemia envolve mudanças no estilo de vida, medicamentos e monitoramento regular.

  1. Mudanças no estilo de vida:
    • Dieta equilibrada:
      • Redução de gorduras saturadas e trans.
      • Inclusão de alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais.
      • Consumo de gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite e no peixe.
    • Exercícios físicos: Pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.
    • Controle do peso: Reduz o impacto da obesidade nos níveis lipídicos.
  2. Medicamentos:
    • Estatinas: Reduzem o LDL e previnem complicações cardiovasculares.
    • Fibratos: Diminuem triglicerídeos e aumentam o HDL.
    • Inibidores de PCSK9: Opção para casos mais graves ou refratários.
    • Entre outros disponíveis.
  3. Acompanhamento médico:
    • Monitoramento regular dos níveis lipídicos.
    • Avaliação de possíveis efeitos colaterais dos medicamentos.

Assim, é possível concluir que a dislipidemia é uma condição que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e requer acompanhamento médico para controle dos níveis de colesterol. 

A adoção de hábitos saudáveis, como dieta balanceada e exercício físico, é crucial para o controle e prevenção de complicações.

Dr. Gabriel Souza
CRM-SP: 162803
RQE: 70.434 - Clínica Médica
Médico formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em Clínica Médica pela mesma insituição.
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