A confusão mental súbita em idosos é um sintoma preocupante que pode indicar infecção, alterações metabólicas ou até um AVC. Entenda como identificar, o que pode causar e por que é essencial buscar atendimento médico imediato.
Atendimento domiciliar para pacientes com doença de alzheimer
O que é a confusão mental?
A confusão mental aguda é uma alteração de comportamento bastante perceptível pelas pessoas que convivem diariamente com o idoso. Ela pode ser crônica, quando ocorre há muito tempo, meses ou até anos, ou aguda, quando se manifesta de forma súbita, de uma hora para outra. Ambos os quadros exigem atenção médica, mas a confusão aguda requer auxílio médico imediato. Neste conteúdo, o foco está na confusão aguda. A forma crônica será abordada em outra oportunidade.
Esses quadros confusionais podem se manifestar de diversas formas. A pessoa pode perder a noção de tempo, não sabendo diferenciar dia de noite, perdendo a noção de horário, de dia, mês ou ano. Pode também perder a noção de espaço, não reconhecendo o próprio ambiente como familiar, como a própria casa, ou acreditando estar em um lugar, quando na verdade está em outro.
Pode deixar de reconhecer pessoas próximas, tornar-se agitada, irritada ou até agressiva. Em contrapartida, pode também apresentar comportamento mais sonolento ou apático.
Além disso, a pessoa pode apresentar alucinações, ouvir sons ou ver coisas que não existem, ou delírios, como acreditar que está sendo perseguida, roubada ou que está ouvindo vozes divinas.
Geralmente, esse quadro confusional vem acompanhado de perda de atenção. A pessoa não consegue se concentrar em uma única atividade e necessita de repetidas explicações para compreender algo, podendo esquecer o que acabou de ouvir. Para quem presencia essa situação, trata-se de algo potencialmente assustador.
Mas o que pode causar essa confusão mental aguda?
Com o envelhecimento, ocorre uma perda da reserva funcional, ou seja, a capacidade do cérebro de manter seu funcionamento normal diante de situações de estresse.
Quando o organismo enfrenta algum tipo de estresse, ele direciona sua energia para lidar com essa condição. O cérebro do idoso, com menor reserva funcional, tende a sofrer alterações no funcionamento, o que se manifesta como confusão mental.
Entre os principais fatores estressores que podem desencadear esse quadro estão: infecções, dores, constipação intestinal, início ou suspensão de medicamentos, alterações metabólicas, doenças cardíacas (como infarto) e doenças neurológicas agudas (como AVC).
Diante de uma situação como essa, o primeiro passo é acolher a pessoa. Confrontá-la ou tentar forçá-la a reconhecer a realidade pode intensificar a agitação.
O segundo passo, e o mais importante, é procurar atendimento médico o quanto antes, de preferência em um pronto-socorro. Tratar a causa subjacente pode reduzir significativamente o quadro de confusão, mas a investigação da origem é essencial para a resolução completa.
A mensagem principal é clara: confusão mental é um sinal de alerta e deve ser encarado com urgência médica.