Você sente cansaço ao subir escadas, falta de ar com facilidade ou percebe inchaços no corpo ao final do dia? Esses sintomas podem ser sinais de insuficiência cardíaca, uma doença séria e comum, especialmente entre pessoas idosas. Saber identificar os sinais pode salvar vidas. Entenda mais sobre esse assunto!

A insuficiência cardíaca é uma condição crônica em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente, comprometendo o funcionamento de órgãos e tecidos.
Estima-se que milhões de pessoas no mundo sofram com essa condição, que pode se desenvolver silenciosamente ao longo dos anos.
Sintomas como falta de ar e inchaço nas pernas muitas vezes passam despercebidos ou são atribuídos ao cansaço do dia a dia.
Reconhecer esses sinais precocemente é essencial para iniciar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida.
Neste artigo, abordaremos o que é insuficiência cardíaca, seus principais sinais de alerta e como é feito o diagnóstico e tratamento. Leia até o final e saiba mais!
O que é insuficiência cardíaca e como ela se manifesta
A insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração perde a capacidade de bombear o sangue de forma adequada, fazendo com que órgãos e tecidos não recebam o oxigênio e os nutrientes de que precisam.
Isso pode ocorrer devido a diversas causas, como hipertensão arterial, infarto, doenças das válvulas cardíacas e miocardiopatias.
Existem dois tipos principais de insuficiência cardíaca:
- Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER): o coração não contrai com força suficiente.
- Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP): o coração contrai normalmente, mas não relaxa de forma adequada.
Os sintomas podem surgir de forma lenta ou repentina, dependendo da gravidade da condição. Entre os mais comuns estão:
- Falta de ar, especialmente ao deitar ou durante esforço físico
- Inchaço nos tornozelos, pés e pernas
- Fadiga e cansaço excessivo
- Tosse persistente, principalmente à noite
- Ganho de peso rápido devido à retenção de líquidos
Por ser uma doença progressiva, o diagnóstico precoce é fundamental. Quando tratada corretamente, a insuficiência cardíaca pode ser controlada, proporcionando mais qualidade de vida ao paciente.
Principais sinais de alerta: quando a falta de ar e o inchaço são preocupantes
A falta de ar e o inchaço são sintomas comuns a várias condições, mas quando persistem ou se agravam, podem indicar um problema cardíaco.
No caso da insuficiência cardíaca, esses sinais são resultado da dificuldade do coração em bombear o sangue corretamente, levando ao acúmulo de líquidos no corpo.
Os principais sinais de alerta incluem:
- Falta de ar ao deitar ou ao dormir (ortopneia)
- Sensação de sufocamento durante a noite (dispneia paroxística noturna)
- Inchaço nas pernas, tornozelos e abdômen que piora ao longo do dia
- Sensação de cansaço mesmo após atividades leves
- Redução na capacidade para esforços simples, como caminhar curtas distâncias
- Aumento súbito de peso sem alteração alimentar
Esses sintomas não devem ser ignorados, principalmente em pessoas com histórico de hipertensão, diabetes, infarto ou doenças cardíacas.
Muitas vezes, os pacientes os atribuem ao envelhecimento ou sedentarismo, retardando o diagnóstico e tratamento.
Se você ou alguém próximo apresenta esses sinais, procure um médico para uma avaliação detalhada. O tratamento precoce pode evitar complicações graves e melhorar significativamente a qualidade de vida.
Diagnóstico, tratamento e cuidados no dia a dia
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é essencialmente clínico, mas a combinação de histórico clínico, exame físico e testes complementares levam a uma melhor compreensão e caracterização da doença. O médico pode solicitar:
- Eletrocardiograma (ECG)
- Ecocardiograma (ultrassom do coração)
- Exames laboratoriais (como dosagem de BNP)
- Radiografia de tórax
- Testes de esforço ou ressonância magnética cardíaca
Uma vez confirmada a insuficiência cardíaca, o tratamento é individualizado e visa controlar os sintomas, melhorar a função cardíaca e prevenir complicações. As abordagens mais comuns incluem:
- Uso de medicamentos como diuréticos, betabloqueadores, inibidores da ECA e antagonistas da aldosterona
- Adoção de uma alimentação com baixo teor de sal
- Prática regular de atividades físicas leves, conforme orientação médica
- Controle rigoroso de condições associadas, como hipertensão arterial e diabetes mellitus
Além do tratamento medicamentoso, o acompanhamento contínuo com equipe de saúde é essencial. Mudanças no estilo de vida e o autocuidado fazem parte do controle da doença:
- Monitoramento diário do peso corporal
- Redução do consumo de álcool e suspensão do tabagismo
- Atenção a sintomas novos ou agravamento dos existentes
O cuidado constante e a adesão ao tratamento são determinantes para manter a qualidade de vida e evitar internações.
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